Na tarde do dia 21 de junho, a comunidade escolar e do entorno da Escola Estadual Tito Fulgêncio participou de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para exigir da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) a reabertura do ensino médio regular na escola.
A audiência se iniciou com falas de professores, alunos e funcionários da escola, onde todos denunciaram a negligência por parte da secretaria de educação na imposição do ensino médio em tempo integral (EMTI). A secretaria de educação se posicionou dizendo que o EMTI é equivalente ao ensino médio regular, porém o EMTI tem como propósito o ensino “técnico” e integral, diferente do ensino médio regular que ocorre durante meio período. Segundo o professor de geografia da escola, “conforme esperado previstas reunião de nossa organização sabíamos que a secretaria de educação usaria De toda forma de propostas descontextualizadas e sofismas para tentar dividir o movimento de professores alunos e comunidade contudo já preparados nossas reuniões e com a experiência prévia do pessoal da escola estadual Lucas Monteiro rebatemos seus argumentos expondo quando sua desonestidade intelectual.
Além do mais, nenhuma de suas falas foi no intuito de resolver o problema da evasão escolar. E também os professores tiveram que se adaptar para aplicar as novas matérias que não possuem nenhum suporte didático para que sejam aplicadas”. Em dado momento, enquanto uma aluna falava, a superintendente Rosa Maria da Silva Reis se mostrava incomodada com a fala da estudante que a perguntou: “olhe para mim que eu estou falando com você, você está me desrespeitando, você não teve mãe para te educar não? É para de se tremer quando eu falo”. Segundo outra aluna, “ficamos 8 horas dentro da escola, temos 9 horários de aula e a maioria das matérias que são aplicadas não agregam em nada diferente das matérias convencionais que nos preparam para o futuro”.
Em entrevistas concedidas ao AND, a mãe de um estudante disse: “E eu tenho certeza que o clamor que foi dado aqui, as palavras que foram expressadas, esse finalzinho meio inflamado.” Segundo um professor: “Viemos aqui pedir o nosso direito de ter o ensino regular de volta na nossa escola. O ensino regular de meio período, porque já vem recorrente.É a segunda vez que a gente vê a Secretária fingindo que não entende o que a gente está pedindo. Discutindo nomenclatura quando a gente está realmente discutindo aqui um direito nosso. Então viemos aqui pedir para a volta do ensino regular na nossa escola.”
Convocada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, a audiência teve como finalidade debater a importância da oferta do ensino médio regular na Escola Estadual Tito Fulgêncio, em Belo Horizonte, conforme encaminhamento da visita técnica realizada pela comissão em 1º de abril de 2024. Na audiência estiveram presentes membros da comunidade escolar – movimento Todos pelo Tito: servidores, estudantes do ensino médio e fundamental e responsáveis, ex-estudantes e ex-servidores, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG) e membros da Associação Comunitária Amigos do Concórdia (ASCOMAC) e a Associação Cultural da Luta Popular Sindical (LPS) também do bairro Concórdia. Representando a SEE-MG estiveram a subsecretária de articulação educacional da SEEMG Cláudia Aparecida e a subsecretária de desenvolvimento de educação básica Kellen Senra, além da superintendente Rosa Maria da Silva Reis, da Superintendência Regional de Ensino da Metropolitana A (na qual se localiza o Tito Fulgêncio).